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Campo Grande, terça-feira, 16 de janeiro de 2024.

Modelo para saúde

Ministro da Saúde lança programa nacional “Saúde na Hora” na UBSF localizada no Conjunto Iracy Coelho

Por Gilson Giordano em 22/07/2019 às 15:13

Prefeito Marquinhos Trad, por ocasião do lançamento oficial do programa Hora na Saúde (Foto: Denílson Secreta)

Inaugurada no dia 31 de agosto de 2007, portanto, prestes a completar 12 anos de existência, a Unidade Básica de Saúde da Família (UBS) “Dr. Mauro Rogério de Barros Wanderley”. Localizada no Conjunto Habitacional Iracy Coelho Neto, no bairro Centenário, serviu de palco nesta segunda-feira (22), para o lançamento por parte do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, do Programa “Saúde na Hora”, se tornando assim, a primeira em todo o país a funcionar com o novo modelo de assistência à população.

Além do atendimento prestados aos moradores do referido conjunto habitacional, que é composto pelas unidades 1, 2 e 3,  com uma medida de 300 atendimentos diários, a referida UBSF “Dr. Mauro Rogério de Barros Wanderley”, atende também  os moradores residentes nas Vilas Amapá, Nogueira, Aimoré I e II,  Jardim Manaíra e parte dos moradores do bairro Aero Rancho. Residencial Zenóbio, Itapevi, Itajaí, Cedrinho, Vinícius de Moraes e o residencial Aracuay Castro.

Programa

Com o novo programa lançado pelo Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, a unidade terá ampliação do atendimento aos moradores com o aumento de consultas médicas e odontológicas, coleta de exames laboratoriais, aplicação de vacinas e pré-natal, fortalecendo a Atenção Primária.

Com o lançamento do programa Saúde na Hora, a UBSF atendera os pacientes das 7h às 19h, sem intervalo para o almoço e para tanto, recebera u repasse no valor de R$ 68,3 mil pela adesão ao programa lançado nesta segunda-feira (22) pela manhã.

Reformas

Para ser habilitada como unidade modelo do programa Saúde na Hora, a USF, nova nomenclatura adotada pelo Ministério da Saúde, passou por reforma, sendo executa pintura externa e interna, troca de mobiliário, execução de paisagismo, jardinagem e adequações necessárias.

A obra, orçada em R$ 104 mil contou com recursos da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) e foi realizada sob a fiscalização Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), com a colaboração e apoio da Coordenadoria de Manutenção da Sesau.

Estrutura para atendimento

A unidade possui quatro equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), compostas por: quatro médicos, quatro odontólogos, quatro enfermeiros, sete técnicos de enfermagem, três administrativos, um farmacêutico, um dispensador de medicamentos, dois assistentes sociais, gerente, 26 Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e quatro Agentes de Combate a Endemias (ACEs).

Conta com apoio matricial do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) composto por uma equipe multiprofissional: pediatra, ginecologista, fisioterapeuta, psicólogos e profissional de educação física. É uma unidade certificada como Unidade Saúde Escola (USE) e recebe acadêmicos de enfermagem, medicina dentre outros.

É responsável por uma área de abrangência que compreende aproximadamente 20 mil pessoas e realiza acolhimento a demanda programada e demanda espontânea das 07h às 19h com média de 250 a 300 pessoas assistidas por dia com consultas e procedimentos, totalizando cinco mil atendimentos ao mês.

 A unidade oferta ainda escuta qualificada com classificação de risco e vulnerabilidade em todo horário de funcionamento.

Saúde na Hora
Campo Grande é a segunda cidade do país com o maior número de unidades habilitadas, ficando atrás somente do município de Fortaleza (CE), conforme a Portaria 86/2019 do Ministério da Saúde.

Das 68 UBSs e UBSFs existentes no município, 33 foram cadastradas e 25 homologadas/habilitadas até o momento no programa Saúde na Hora. As unidades devem receber um incremento financeiro para custeio de aproximadamente R$882 mil por mês, ou o equivalente a R$35,3 mil para cada uma. O valor do recurso destinado a partir de agora para cada unidade salta de R$ 33 mil mensais, para R$ 68,3 mil, mais que o dobro recebido atualmente. Totalizando todos os recursos, o aumento passa de R$ 724,6 para R$ 1,5 milhão mensais.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, explicou o propósito do Programa Saúde na Hora.  “Campo Grande é a primeira cidade a ter o Programa Saúde na Hora. Atualmente, as unidades tradicionais trabalham das 7h às 11h das 13 às 17h e os trabalhadores homens e, principalmente, as mulheres trabalhadoras saem de casa muito cedo e volta mais tarde. Elas não tinham acesso à atenção primária. Com esse Programa [Saúde na Hora] as unidades podem ficar abertas até às 22 horas sem interrupção para aumentar acesso Atenção Primária e esses trabalhadores serão atendidos”, disse ele.

Campanha de Vacinação
O evento marcou ainda o Lançamento Nacional da Campanha de Vacinação contra Hepatites Virais e Testagem. O Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais é lembrado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), domingo próximo.

Desde o início do mês, as 68 unidades básicas de saúde de Campo Grande vêm intensificando as ações de prevenção e promoção à saúde, levando informações à população quanto à importância do diagnóstico precoce destas infecções que podem ser transmitidas pela relação sexual desprotegida.

A testagem rápida para as hepatites B está disponível nas 68 UBS e UBSF é a maneira precoce para o diagnóstico da doença. Ainda não existe vacina para a hepatite C

A vacina contra as hepatites A e B também está disponível em todas as unidades. A vacina para hepatite A é aplicada nas crianças até os 12 meses de vida. Já para a hepatite B é administrada ao nascer e pode, também, ser realizado o esquema vacinal com três doses em qualquer idade, incluindo adolescentes, adultos, idosos e gestantes.

As hepatites são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Elas causam a inflamação do fígado por meio de vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem apresentar cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjôo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais freqüente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.

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